Objetivo é disponibilizar um instrumento de informação e articulação de ações políticas para que estas mulheres exerçam a sua cidadania

 

Quem são as mulheres com deficiência? Quem conta e constrói conhecimento sobre nossos corpos? Por que as mulheres são a maioria da população com deficiência e a relação entre gênero e deficiência ainda é recente?  Como alcançar mulheres com deficiência que, muitas vezes, não encontram sua luta representada, e dizer a elas que não estão sozinhas?

Esses e outros questionamentos estão materializados no Guia “Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania”, cujo objetivo é oferecer a estas mulheres um instrumento de informação, articulação e ação política para o exercício da própria cidadania.

O Guia, cujo lançamento acontece hoje, dia 25 de maio, foi produzido pelo Coletivo Feminista Helen Keller faz parte da Ação “Ampliar a relevância, o reconhecimento e o impacto da atuação das OSCs no Brasil”, parceria da ABONG, CAMP, CESE e CFEMEA, iniciativa apoiada pela União Europeia.

Guia “Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania” contextualiza as mulheres com deficiência no Brasil, traz o resgate histórico sobre o movimento de pessoas com deficiência, modelos da deficiência e as contribuições ao e do movimento feminista. Além disso, aborda temas como saúde, direitos sexuais e reprodutivos, educação sexual emancipatória, educação, trabalho, violência e acesso à justiça, todos escritos por mulheres com deficiência.

O conteúdo, produzido por mulheres integrantes do Coletivo Feminista, além de autoras convidadas, militantes e pesquisadoras, que são referência na luta das pessoas com deficiência, dentre elas: Anahí Guedes de Mello, ativista surda e lésbica, antropóloga, doutora em antropologia social, pesquisadora associada da Anis – Instituto de Bioética, coordenadora do Comitê Deficiência e Acessibilidade da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e membro do Grupo de Trabalho Estudios críticos en discapacidad do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO); e Izabel de Loureiro Maior, professora assistente aposentada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Medicina Física e Reabilitação pela UFRJ, conselheira do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, ex-secretária nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Convidadas sem deficiências, mas igualmente parceiras das causas de igualdade em outros movimentos, também participaram da produção do Guia. O conteúdo por elas produzido pode ser lido no último capítulo. O objetivo foi permitir que elas também apresentassem suas lutas e pensassem sobre os aspectos que nos aproximam em busca da construção de “pontes” entre diferentes movimentos feministas e de mulheres com a luta das mulheres com deficiência.  Dentre as convidadas estão representantes de entidades como a Rede Lai Lai Apejo, Articulação de organizações de Mulheres Negras Brasileiras, Liga Brasileira de Lésbicas, Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas e ANPS – Articulação Nacional de Profissionais do Sexo.

O Guia pretende alcançar diferentes mulheres com deficiência, assim como movimentos de direitos humanos, pesquisadoras/es, legisladoras/es, profissionais da saúde, da educação e da segurança pública, e trazer visibilidade para nossas histórias através de informações que embasem pautas e reivindicações para o exercício da nossa cidadania.

Como disse Helen Keller: “Sozinhas, pouco podemos fazer; juntas, podemos fazer muito!”

Para acessar o Guia “Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania, basta clicar no link.

 

SOBRE O COLETIVO FEMINISTA HELEN KELLER:

 

Somos um coletivo de mulheres feministas com deficiência que pauta a intersecção entre gênero e deficiência na construção de uma agenda política. Nosso objetivo é aprofundar o entendimento dessa intersecção e relacioná-la com os demais movimentos feministas e de mulheres, pois compreendemos que a estrutura capacitista, que dificulta ou impede nosso acesso à cidadania, também é atravessada pela desigualdade de classe, misoginia, sexismo, racismo e LGBTfobia.

O Coletivo, criado em 21/09/18, conta com mais de 40 integrantes distribuídas nas 05 regiões do Brasil. Atuamos nas redes sociais, na participação em eventos, no controle social, na execução de projetos e na constante busca pelo diálogo com o Movimento Feminista, de Pessoas com Deficiência, Mulheres e Direitos Humanos.

Manifesto.

Carta de Princípios.

Redes Sociais:

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Instagram: https://www.instagram.com/coletivohelenkeller

Blog: https://coletivofeministahelenkeller.blogspot.com

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